"Aikido é Harmonia"
Bondade na Compaixão
Ao pesquisar a respeito da história do Aikido percebi que a mesma se assemelha a de muitas outras artes marciais que pode ser resumido da seguinte forma: Um mestre compila e cria uma nova arte marcial -> é seguido por discípulos geniais -> senão em vida, logo após a morte do mestre ocorre um racha entre estes discípulos -> são criadas outras artes marciais tendo como base a arte marcial do mestre sob o ponto de vista do discípulo.
Essa história já foi vista no karatê, kung fu, taekwondo entre outras. Não ia diferir no Aikido que é formado por homens e por tal fato, incuto de falhas. Não falhas do Aikido mas falhas provenientes das visões (egocêntricas???) dos praticantes. Não que fosse proibido surgir novas artes marciais, mas atualmente, como 5º kyu, vejo , talvez com olhos inocentes, um desperdício de energia nestas derivações da arte-raiz, ainda mais quando às vezes, muda-se somente o nome mas a técnica em si, é praticamente a mesma.
Claro que existem conflitos de egos, de dominâcia de poder e vejo aqui mesmo no Brasil, em minha cidade, nos vários aspectos de minha vida social e familiar a necessidade do ser humano de usar e abusar do poder. De almejar o poder como complemento de seu caráter pequeno. O-Sensei (não lembro onde li isso, mas li com certeza) já estava prevendo isso ao , perto de morrer, avisar a alguns discípulos para ficarem de olho em Tomiki. E realmente aconteceu. Mohirei faleceu e Tomiki fundou um estilo de Aikido, que ao meu ver, não tem nada dos princípios e bases filosóficas do Aikido. Sensei Saito faleceu e o atual Doshu tirou o título de guardião do Templo Aiki do filho de Saito. Enfim, são tantas histórias, que ao meu ver, de longe, são pequenas picuinhas mas que geram tantas discórdias que fico a pensar: onde está a Harmonia tão pregada por O-Sensei?
Nesta etapa lembro-me de uma frase citada por Paulo Coelho (do qual li quase todos os livros mas só gostei mesmo de "O Alquimista") que dizia que um guerreiro mesmo que não faça o que diz, após repetir tantas vezes a mesma história é capaz de seguir a conduta que sai por seus lábios. E por isso tenho esperança. Esperança que escrevendo estas palavras, as mesmas, se tiverem algo de bom, seja encravado em meu espírito e que haja uma evolução real, uma dissolução do ego, mesmo que lenta, mas que eu consiga reunificar a harmonia quando houver discórdia.
Num outro post já citei uma desarmonia a qual passei recentemente e creio que embora não tenha sido a melhor resolução, se resolveu sem rachas aparentes. Não sei do futuro mas gostaria que a compaixão entre os praticantes fosse a força motriz por detrás dos conflitos que certamente ocorrerão em nossa jornada de vida (e no aikido). Mas uma compaixão amorosa e não piedosa. Não preciso da piedade de ninguém, somente da compreensão e que me exijam disciplina caso manifeste desorganização ou caso eu promova discórdia (espero ficar longe disso).
É triste constatar que suas mais altas referências pereceram onde poderiam triunfar. Que não conseguiram promover, na prática, a Harmonia tão filosoficamente teorizada. Mas onde eles falharam, é depositada a esperança que nós venceremos. E se errarmos que nos seja dada a oportunidade de correção nesta vida (pois teremos outras pra corrigir). Porém, pela compaixão de Deus por nós, que deixemos o mundo melhor do que o pegamos. Para que esta fé na verdadeira Harmonia seja depositada nos herdeiros da Mãe-Terra.
Onegai shimasu
YAMAOKA TESSHU, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso:"A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!"Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado, gritando xingamentos."Se nada existe," perguntou, calmo, Dokuon, "de onde veio toda esta sua raiva?"
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quinta-feira, 23 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
Meditação de um 5° Kyu - Sefirat ha Omer 2009 - Dia 03
"Aikido é Amor"
Compaixão, Harmonia na bondade
Hoje no jiu-waza, estando como nage, desviei tardiamente de um munitsuki , o soco pegou em cheio na mão e com isso tive uma distensão do polegar. Engraçado como a dois posts atrás comentei do irimi. Saber a hora certa de entrar num golpe. O bom do aikido é isso: colocar à prova o que filosofamos no dia-a-dia e nos livros. Na hora doeu pacas e (como já estava cansado) me desestabilizou emocionalmente. Ótimo . De novo. Só aprendemos a levantar após cair. Minha sensei ainda me colocou de uke no jiu-waza seguinte de uma amiga. Confesso que não rendi e fiz corpo mole porque a mão doía muito e, erroneamente, minha cabeça estava em como ia tabalhar segunda. Depois ainda fui comentar com meu colega de seu munitsuki e fiquei com pena dele pois ele ficou triste do meu machucado. Creio que eu me machuquei. Faltou foco. Viver o momento. REALMENTE receber o amor que estava sendo dado a mim. Como , já disse antes, temos dificuldade de receber o amor, minha elipse ficou desarmoniosa e não rendeu fisicamente muita coisa meus exercícios hoje. Só filosoficamente pois agora posso analisar longe do momento e depois de um antiinflamatório (hauhauhuahua).
Agradeço meu amigo pela grande lição aprendida hoje. Foco e harmonia. Não desistir. Por mais que estivesse cansado um pai tem que encontrar energia para brincar com o filho quando chega em casa. Ele dá o amor que transborda. Nós retribuímos com o amor infinito.
Como estou digitando somente com a mão direita este post vai ser mais curto. Quando melhorar quero abordar mais a questão do foco a fim deste conceito impregnar-se em minha alma.
Pergunta do dia: Você se desestabiliza emocionalmente? Quanto tempo leva pra recuperar o foco? Hoje eu vi que me desestabilizo rapidamente e lentamente recupero a concentração. Minha estrada é longa.
onegashimás.
Compaixão, Harmonia na bondade
Hoje no jiu-waza, estando como nage, desviei tardiamente de um munitsuki , o soco pegou em cheio na mão e com isso tive uma distensão do polegar. Engraçado como a dois posts atrás comentei do irimi. Saber a hora certa de entrar num golpe. O bom do aikido é isso: colocar à prova o que filosofamos no dia-a-dia e nos livros. Na hora doeu pacas e (como já estava cansado) me desestabilizou emocionalmente. Ótimo . De novo. Só aprendemos a levantar após cair. Minha sensei ainda me colocou de uke no jiu-waza seguinte de uma amiga. Confesso que não rendi e fiz corpo mole porque a mão doía muito e, erroneamente, minha cabeça estava em como ia tabalhar segunda. Depois ainda fui comentar com meu colega de seu munitsuki e fiquei com pena dele pois ele ficou triste do meu machucado. Creio que eu me machuquei. Faltou foco. Viver o momento. REALMENTE receber o amor que estava sendo dado a mim. Como , já disse antes, temos dificuldade de receber o amor, minha elipse ficou desarmoniosa e não rendeu fisicamente muita coisa meus exercícios hoje. Só filosoficamente pois agora posso analisar longe do momento e depois de um antiinflamatório (hauhauhuahua).
Agradeço meu amigo pela grande lição aprendida hoje. Foco e harmonia. Não desistir. Por mais que estivesse cansado um pai tem que encontrar energia para brincar com o filho quando chega em casa. Ele dá o amor que transborda. Nós retribuímos com o amor infinito.
Como estou digitando somente com a mão direita este post vai ser mais curto. Quando melhorar quero abordar mais a questão do foco a fim deste conceito impregnar-se em minha alma.
Pergunta do dia: Você se desestabiliza emocionalmente? Quanto tempo leva pra recuperar o foco? Hoje eu vi que me desestabilizo rapidamente e lentamente recupero a concentração. Minha estrada é longa.
onegashimás.
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